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O que oferecemos

O Atelier está preparado para oferecer-lhe uma experiência terapêutica de reconexão com sua energia vital. Através do contato com a terra e as plantas, você poderá trabalhar significantes pontos das suas funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas, melhorando sua qualidade de vida.

Inúmeras pesquisas afirmam que o contato direto com a natureza é capaz de ajudar na recuperação de doenças, estimulando a vontade de a pessoa viver e lutar.

A técnica combina cultura de plantas e jardinagem ativa e passiva (contemplação ou “jardim-reflexo”), e é considerada eficaz como coadjuvante das terapias convencionais. Médica e consultora especializada em Healing Gardens (Jardins da cura) da Faculdade de Agronomia e Farmácia da Universidade de Estudos de Milão, autora do livro II giardino che cura (“O jardim que cura”, Ed. Giunti, sem tradução para o português), Cristina Borghi conta que a terapia nasceu antes que a psiquiatria se tornasse uma ciência.

Entre os séculos XVIII e XIX, observou-se que pacientes psiquiátricos melhoravam quando se envolviam em atividades de jardinagem em sentido amplo (cortar lenha, preparar o fogo, carpir ou realizar atividades domésticas). O contrário, ou seja, se manter inativo, piorava a saúde física e mental dos doentes.

MECANISMOS EM AÇÃO

A partir daí, a hortoterapia passou a ser uma alternativa útil que faz do paciente um protagonista do próprio restabelecimento. É que a terapia funciona colocando em movimento três mecanismos distintos: a interação com as plantas, a ação e a reação.

O primeiro favorece a reciprocidade a partir do médico: “Muitas vezes o profissional tem dificuldade em aproximar-se porque o doente está inserido numa realidade de desafeto, delírios e alucinações”, explica Cristina. Além disso, “a capacidade de interagir é fundamental para pessoas que sofrem com depressão, ansiedade, autismo e demência. A terapia também atenua sintomas como a pouca resistência ao estresse, falta de autoestima e vitimismo”, completa. O segundo mecanismo, a ação, mantém o doente ocupado, distraindo- o, dando-lhe segurança, e é um ótimo substituto do trabalho. Favorece a concentração, sendo também um satisfatório processo criativo.

O terceiro e último mecanismo, a reação, constitui um elemento de ligação entre o paciente e o jardim, que se estabelece a partir da resposta emotiva que uma paisagem ou uma flor suscitam. “Esse mecanismo alcança o inconsciente porque somos psicologicamente dependentes das plantas, já que elas possuem uma estabilidade dinâmica que opera por meio da mudança”, revela. Segundo Cristina, observando a natureza, aprendemos a conhecer e a enfrentar a vida. Amadurecemos e crescemos adquirindo uma compreensão das coisas indispensáveis para superar os desafios do cotidiano.

“Um jardim representa o vínculo concreto com admirá- lo, aumenta o sentido de controle da doença e estimula a vontade de viver e lutar, mesmo que a qualidade de vida esteja objetivamente ruim.” A médica lembra que os cuidados com um jardim diminuem o estresse porque permitem uma pausa que coloca a mente em estado meditativo. “O encanto da beleza age diminuindo os sentimentos negativos, acalma, leva ao otimismo, à esperança e promove a confiança na cura: um jardim corresponde ao arquétipo do Paraíso: um lugar belo, bom e encantado onde vige a harmonia. O que precisamos é exatamente disso e nada mais.”

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